O macho da relação.

Depois de uma conversa com minha mais nova amiga virtual (e potencial fã, segundo ela mesma), tive o que podemos chamar de uma “luz” sobre um determinado assunto que, na mesma hora, percebi que seria um ótimo post para o blog. Então hoje falaremos sobre quem é o macho numa relação. Sim, pois nem sempre o macho de uma relação amorosa ou sexual é aquele que tem os órgãos sexuais masculinos, muitas vezes as próprias fêmeas assumem esse papel dentro da relação. E é sobre essa inversão de valores que divagarei hoje.

O que define um ser como macho? Simples, a existência de órgãos sexuais e gametas masculinos em seu corpo. Claro que aqui estamos apenas usando a conotação física da coisa, porque se formos mais longe e nos aventuramos nos campos psicológicos, vamos descobrir que nem tudo que reluz é ouro, nem tudo que dá farinha é mandioca e nem sempre tudo que sobe tem que descer (afinal de contas viagra existe para isso mesmo).

Atribuindo uma visão mais preconceituosa da coisa, podemos até dizer que o macho dentro de uma relação afetiva ou amorosa é aquele sujeito mais bruto, que não tem a real necessidade de estar ali se relacionando, aquele que costuma ter a mulher, dita como sexo frágil (claro que eu não concordo com isso) aos seus pés fazendo dele o centro de suas atenções. Logo, por subseqüência, a fêmea da relação seria uma parceira que se sente totalmente dependente do macho, que acredita que aquele ser sem carinho é o seu complemento e que não pode viver sem sua presença ou até mesmo sem a correspondência de seus sentimentos. Colocando em pratos limpos: o macho é um grosso e a fêmea é grudenta.

Trabalhando dentro desses preconceitos, podemos criar uma situação totalmente diferente, afim de exemplificar uma inversão de valores. Imagine uma relação aonde o homem (aquele com um pênis)* tende a ser mais parecido com a fêmea, sendo carinhoso ao extremo, super solicito (beirando o ridículo) e hiper preocupado com o andamento da “relação” em si. E a mulher (aquela com uma vagina)** fica sendo o macho, grossa, que não se preocupa com nada referente ao que a relação exige.

A situação acima não descreve o melhor do ser humano em termos de vivencia. Pode até parecer preconceito da minha parte (agora é a hora, vou expor minha opinião), mas acredito que se para uma mulher, assumir esse papel de “chata” que se costuma relacionar com o termo fêmea, já é algo ridículo, imagine para um homem! Não que acredite que todos os homens tem que ser grossos com suas companheiras (mesmo que muitas gostem), porém também não posso afirmar que acho que eles devam ser chatos, que se preocupam com o relacionamento o tempo todo ou com suas parceiras de forma doentia. Excessos devem ser evitados independentemente de sua condição no relacionamento.

Dar um presente, acordar com um beijo, dizer que gosta da pessoa quando os dois estão a sois, cozinhar com carinho, se preocupar (moderadamente) com o que a pessoa pensa sobre você ou agir com um pouco (quase nenhum) ciúme, são atitudes completamente aceitáveis, afinal são assexuadas.

Não vou mentir! Eu mesmo, não faço nada disso que coloquei acima, muito pelo contrario, se estou interessado de verdade em uma pessoa (isso inclui mais psicológico do que físico), acabo a tratando de uma forma evasiva, tentando fugir da pessoa aos poucos, como que para me proteger... Mas isso é assunto para outro post...

P.S.: Post escrito para a minha mais nova colega e admiradora (repito: segundo ela mesmo). Espero que você goste jovem, sua conversa me ajudou a chegar nessas conclusões.

11 Comentários:

Izze. disse...

Bien, tenho que dizer que na minha relação, sou assexuada, assim como meu namorado. =B

Esse negócio de que um tem que ser meloso e outro tem que ser grosso é clichê demais, fora que dificilmente faz com que a relação perdure. Tem que ter um pouquinho dos dois. O macho e a fêmea só devem ser macho e fêmea na hora da relação sexual mesmo (mas pode haver trocas, tem quem goste, né? =B)

Belo post. ^^

Jaque disse...

Ultimamente, tô meio sem paciência com assuntos sobre relacionamento.
Mas eu gostei do seu ponto de vista. Essa coisa muito "padronizada" de homem sempre ter que ser o "macho" e mulher a "mulherzinha indefesa", hoje em dia, não significa muito, pra um relacionamento dar certo.

Beijo.

Anônimo disse...

Eita que fã é essa?Você tá mtoo chique mesmo hein garotinhooo! auhauahua gostei de ver
;)

Hum...essa história da mulher ser a mulherzinha e do homem ser o machão é bem século XX. Já estamos no século XXI, algumas coisas tem que mudar mesmo. Só o respeito que não pode deixar de acontecer sempre.
certo?

ps: perdi a timidez por alguns segundos. Sorte a sua(?)...

***

Desarranjo Sintético disse...

Hum, eu concordo que exagero ng merece!! Aliás não só quanto a isso, e sim quanto a tudo. E papéis totalmente invertidos podem realmente causar estranheza, ainda mais hoje em dia, com todo esse preconceito impregnado, mas cada um cada um...que sejam como bem entenderem, contanto que o parceio/a aguente e aceite o outro assim!

Abraços!

Tatiani disse...

Eu adoro os meus admiradores virtuais... Dão cada idéia espetacular. Que só escrevendo mesmo.

Adorei esse texto... I am MACHO Girl.
;)

♥MáH♥ disse...

Ha ha ha... to mandando o link do seu blog a uma amiga minha... agente sempre comenta que no namoro dela, ela é o "homem" da relação...

Bjinhus

Juliano Reinert disse...

E eis que eu concordo contigo, hehe... valeu!
Sem extremos. Nada de homens machistas e mulheres feministas! O que eu penso já dissestes em meio às divagações... Concordo e pronto!

Flávia Batista disse...

mais legal que esse post, foi o teu recado lá no meu blog!
muito legal o que você escreveu!
obrigada!

=)

Marília Gehrke disse...

OOooii!
Huuummm... dificilmente homens são tão "melosos" quanto as mulheres. Acho que faço o papel da fêmea "chata" beeem direitinho, mas com uns "temperos" a mais, claro. hoiahaoiahiah
acho que esse negócio de ter um temperamento predefinido na relação nem sempre é válido, mas homens e mulheres têm sim algumas características marcantes, na minha opinião.
Aahh..! sobre o negócioo das drogas do meu blog.. nunca usei nenhum tipo de droga - e realmente não entendo como as pessoas podem acabar se perdendo nesse "beco sem saída".
Maaas, voltando ao teu post... gostei da forma como tu relatou uma possível "troca" de características de personalidade :P
Beeijo!!

Desarranjo Sintético disse...

Você está gostando do "Drácula"? Quando eu li, li exatamente essa mesma capa que tu postou. Eu adorei! Se gosta de terror te recomendo-se me permite- qualquer livro do Stephen King.

Abraços.

Alessandra Castro disse...

Ahhh adouro muito textos assim, relatos das complexidades dos sexos. Não somos tão diferentes uns dos outros, essa é a verdade, cada dia está mais dificil fazer tal classificação de força emocional ou racional. Acho que pelo menos atualmente o macho mesmo bruto no sentido de pureza, soh é determinado pelo pênis mesmo.